Líbido
O termo líbido deriva
do latim e quer dizer ‘anseio’, ‘desejo’, ‘vontade’ sexual. Foi utilizado pela
primeira vez pelo pesquisador A. Moll em 1898 e posteriormente por Freud para
caracterizar ‘desejo sexual’.
A líbido é a energia
sexual de base que impulsiona ao bem-estar e satisfação. Não é só dirigida às
necessidades sexuais mas também ao instinto de sobrevivência e à necessidade de
nos sentirmos bem connosco próprios e na relação com os outros.
A sensualidade é uma
expressão libidinosa que não está associada a uma zona erógena mas impregnada
em todas as células do corpo do homem e da mulher.
A líbido é composta
por um leque variado de expressões libidinosas tais como: charme, encanto,
envolvimento, atracção, sedução, sensualidade, erotismo, desejo sexual, i.e., todas as formas de energia que identificam a energia sexual de cada indivíduo. É a
impressão digital que pode ser lida e sentida pelo campo energético de outra
pessoa e por essa razão,utilizamos por vezes expressões como: ‘sinto-me atraído(a) por’,
‘gosto dele(a)’, ‘ele(a) tem charme’, ‘sinto desejo por ele(a)’.
Em Medicina Tradicional Chinesa, o desejo sexual e o
orgasmo são expressões do fogo ministerial.
Se o fogo ministerial
está deficiente, não existe orgasmo ou desejo sexual. A deficiência
de Yang Qi pode levar à estagnação de energia no aquecedor inferior e
desencadear problemas ao nível do aparelho reprodutor.
Para além de
infertilidade e frigidez, podem estar presentes problemas menstruais como dismenorreia, quistos nos
ovários (por não existir Yang suficiente para concluir as ovulações), problemas
hormonais, insónia e, muitas vezes, depressão.
Acredita-se que
viemos ao mundo para amar e sermos amados. Os humanos fazem amor por satisfação e prazer. Temos o privilégio de poder
sentir prazer sexual e evoluir com essas experiências e o amor e o sexo podem
tornar-se experiências enriquecedora e de crescimento pessoal e espiritual.
Na relação sexual existe o desejo do homem e o desejo da mulher, o desejo do óvulo de ser
fecundado e o desejo do espermatozoides de fecundar, o desejo do útero de conceber e o desejo do novo ser de nascer.
Quando
óvulo e espermatozoides se combinam dá-se a união energética dos orgasmos
sexuais do pai e da mãe.
O orgasmo da mulher e do homem são possíveis graças ao
desejo sexual que sentem um pelo outro. Quando o novo ser se forma – ovo ou
zigoto – ele próprio recebe uma forma de energia indiferenciada a que a MTC chamam de fogo ministerial que se vai juntar à essência hereditária (ou Jing Qi inato) dada pelos progenitores.
O fogo ministerial 'desce' à matéria na altura da concepção, junta-se ao Jing Qi inato e a sua
natureza Yang permite, pelo movimento, que se realize transformação e
desenvolvimento do feto.
Podemos relacionar o fogo ministerial à vontade, ao desejo, ao
instinto de sobrevivência e assim, estabelecer uma analogia entre fogo
ministerial e líbido.
Ao que Freud chamou de líbido é para os chineses, numa abordagem fisiológica e holística o fogo
ministerial.
No corpo humano, o
fogo ministerial reside no 'Ming Men' – portão da vitalidade –, circula pela
orbita microcósmica e tem relação com o Yuan Qi (armazenado no Rim).
Esta relação próxima com o Rim
permite-nos compreender a sua afinidade com o sistema, pois consiste num tipo
de Qi que tem por base a força de vontade, o instinto de sobrevivência e o
desejo de manifestação.
O fogo ministerial desce à matéria e manifesta-se nessa mesma base de sustentação. Embora o fogo ministerial seja um tipo de Qi sem forma ele vai manifestar-se de acordo com a base material que encontra.
Existem diferentes tipos de matéria que dependem da
carga energética e hereditariedade dos pais. Por exemplo, um indivíduo com uma
essência do Rim forte permite que o fogo ministerial se manifeste de forma
diferente de outro indivíduo com constituição debilitada e frágil. Certamente,
os ‘desejos’ e anseios de um, serão diferentes do outro, ou, a força motivadora
subjacente é diferente de indivíduo para indivíduo.
Por vezes, a líbido
sofre alterações difíceis de explicar para as quais raramente se encontra a origem. Um desequilíbrio na alimentação ou na produção de
neurotransmissores pode ser a causa.
Na verdade, uma má
alimentação pode gerar uma baixa na produção de alguns neurotransmissores,
relacionados com o prazer e bem-estar, prejudicando o desempenho sexual, o
desejo e a fertilidade.
A serotonina -
substância que proporciona bem-estar e prazer - depende de alguns nutrientes,
como a vitamina B6, que se encontra nos seguintes alimentos:
Cereais integrais,
leguminosas, batata doce, aveia, banana.
Alimentos que contêm substancias que vão ajudar na produção de serotonina:
Peixe, aves,
carnes vermelhas, vegetais de folhas verdes escuras, sumo de laranja, repolho,
couve-flor, pão integral.
O zinco é responsável
pelos níveis de testosterona e da produção de sémen. A sua carência é
responsável pela diminuição do desejo sexual e pode causar impotência sexual.
As principais fontes de alimentares de zinco são:
Feijão, lentilhas, semente de
abóbora.
Deve evitar-se, pois
diminuem o desejo sexual:
Fritos, alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas
em excesso e tabaco
Artigo realizado por João Pedro Soares, com base no trabalho da disciplina 'Ginecologia e Andrologia' da ESMTC de Ana Cláudia Fachada e informação dos sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Libido
http://idademaior.sapo.pt/sexo/alimentos-que-influenciam-a-libido/