Massajadores Sexuais Como Instrumento Terapêutico
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Os massajadores sexuais ou vibradores são frequentemente associados à industria pornografia e pouco se fala sobre os seus aspetos terapêuticos. Mas a verdade é que eles foram inicialmente inventados com fins terapêuticos. O massajador foi criado no seculo XIX para ajudar mulheres no tratamento de sintomas atribuídos a uma doença conhecida como “histeria”. Na altura era considerada uma doença psíquica, exclusivamente feminina e caracterizava-se por irritabilidade, insônia, ansiedade, dores de cabeça, choro e falta de apetite, entre outros sintomas.
Na época acreditava-se que a doença era causada pelo deslocamento do útero. Ideia nascida durante o século 6 a.C., pelo médico grego Aretaeus que teorizou que o útero poderia mover-se livremente dentro do corpo da mulher, causando problemas de saúde física e mental.
A solução encontrada para este problema era uma massagem ao clitóris até as pacientes chegarem ao “paroxismo histérico”, isto é, ao orgasmo.
Constatava-se que no fim de cada sessão, as mulheres ficavam mais relaxadas e os sintomas desapareciam por um curto período de tempo.
Como este distúrbio era bastante comum, as mulheres enchiam os consultórios e os médicos começaram a sofrer de lesões nas mãos por estarem sempre a repetir o mesmo movimento que era visto como um movimento “aborrecido, chato e fisicamente exigente”, explica Chris Wild num artigo publicado no Mashable.
Para fazer face a este problema em 1869 surge o primeiro vibrador pela mão do medico George Taylor, que o apelidou de “The Manipulator”. Este instrumento era movido à manivela e rapidamente ganhou popularidade.
Cerca de 14 mais tarde em 1883, o médico inglês, Joseph Mortimer Granville, inventa o vibrador elétrico. Mais tarde os vibradores passaram a ser vendidos ao publico, e surgiram anúncios a vários modelos com diferentes preços e velocidades.
Em 1952 a classificação do termo “histeria” deixou de estar associada aos sintomas do desejo feminino e passou a definir um transtorno dissociativo. O vibrador passou então a ser visto como um aparelho vibratório usado para produzir estímulos sexuais em vez de um instrumento para fins terapêuticos.
Visto o orgasmo nesta altura ser visto com algum pudor o vibrador passa a ter uma má reputação que é reforçada quando a industria pornográfica da época se apodera do produto. Os comerciantes e fabricantes por outro lado, para que consigam vender o produto, adotam formas discretas para anunciar os seus vibradores, categorizam-nos como eletrodomésticos para homens e mulheres de todas as idades.
Só mais tarde e graças à revolução sexual feminina da década de 60 é que o vibrador passa a ser aceite abertamente como um acessório para auxiliar no prazer e satisfazer os desejos sexuais, lugar que ocupam até ao presente.
A crescente conscientização das pessoas, a diminuição dos tabus sobre a sexualidade e o orgasmo, o aumento das pesquisas sobre os benefícios dos vibradores para a saúde, impulsionam o mercado e criam cada vez mais oferta. Este é um mercado em ascensão.
Num estudo publicado no “Journal of Sexual Medicine” pela Dra Debra Hernick do Centro de promoção da Sexualidade da Universidade de Indiana (USA). No Estudo 2.056 mulheres, com idades entre 18 e 60 anos, foram inquiridas. O mesmo mostrou que, de todas as inquiridas, 52% admitem já ter usado um vibrador. Dessas, 83% usam-no para estimular o clitóris e 64% usam no interior da vagina.
Segundo uma pesquisa sobre hábitos sexuais feita pela empresa Durex, multinacional de preservativos, cerca de 27% das mulheres têm um vibrador.A pesquisa ouviu mais de 350 mil pessoas em 41 países. As mulheres do norte da Europa lideram a sondagem: 52% das islandesas e 50% das norueguesas têm um vibrador. No brasil apenas 13% de mulheres possuem um vibrador, estando à frente apenas de países conservadores como Malásia (12%) e Vietnam (5%). Não foram encontrados dados sobre Portugal.
Benefícios dos vibradores para a saúde.
Os benefícios do uso do vibrador são vários.
Ele pode ser um aliado valioso na no autoconhecimento do corpo.
Ajuda a assumir o controlo sobre a nossa sexualidade e o prazer.
Na menopausa, a produção de hormonas diminui e o tecido vaginal fica mais fino e seca causando dor. O uso do vibrador ajuda na dor vulvar, como vulvodínia e na prevenção da atrofia vaginal.
Ajudar na pós cirurgia ginecológica para manter o tecido vaginal flexível.
Os vibradores usados internamente estimulam o fluxo sanguíneo pélvico, provocando um aumento na humidade vaginal e resposta sexual, o que leva a uma melhoria do sexo (com ou sem um parceiro).
Como qualquer músculo, a saúde da vagina requer exercícios regulares. A deterioração desse músculo torna-se mais comum quando as mulheres de meia-idade ou mais velhas se encontram em situações de inatividade sexual - solteiras, divorciadas, viúvas ou simplesmente não têm sexo regular com parceiros.
Além disso, os vibradores ajudam a reduzir o stresse e a ansiedade, pois a atividade sexual resulta na liberação de endorfinas no corpo que podem bloquear a dor.
Vibradores e a Medicina Tradicional Chinesa
O uso do Vibrador contribui para aumentar o fluxo de Chi e sangue na área genital, fortalecendo o aquecedor inferior e músculos pélvicos.
Pode ser benéfico no aumento da chi do Baço pela sua acção sobre a tonicidade dos tecidos e músculos assim como prevenção de ptoses. Faz com que o Rim e Baço funcionem ajudando na produção de líquidos. Tem acção sobre o Figado, ajudando a libertar o chi estagnado. Age sobre o Rim uma vez que atua sobre o útero e ovários e através dos pontos reflexos na base do canal vaginal. Age sobre as hormonas contribuindo para a sua estimulação e distribuição pela corrente sanguínea. Melhora a dismenorreia e acelera o trabalho de parto.
Ajuda ainda na ligação corpo mente e contribui para o bem estar geral pelo efeito que tem sobre o prazer.
Em termos emocionais ele tem efeito sobre o Coração, Fígado Baço e Rim. Reduzindo da ansiedade, a raiva, frustração, liberta o medo, aumenta a autoconfiança
Anexo I
Links úteis:
https://www.womanandhome.com/buying-guides-reviews/best-vibrators-dryness-sensitivity-pelvic-floor-333729/
https://www.guia55.com.br/brinquedos-sexuais-para-mulheres/
Imagens:
https://observador.pt/2015/07/23/afinal-inventou-vibrador/
http://shanshu311.blogspot.com/2007/08/lesson-before-breaking-up.html
Referências:
https://www.terra.com.br/noticias/educacao/voce-sabia/vibrador-foi-inventado-para-fins-medicinais-saiba-mais,ad0e8326c816f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
https://observador.pt/2015/07/23/afinal-inventou-vibrador/
https://helloclue.com/pt/artigos/cultura/uma-breve-historia-do-vibrador
https://www.dn.pt/ciencia/saude/vibradores-melhoram-vida-sexual-das-mulheres-2373329.html
https://www.bustle.com/p/5-mental-health-benefits-of-using-sex-toys-in-the-bedroom-13213875
https://www.psychologytoday.com/us/blog/homo-consumericus/201201/use-vibrators-among-american-women
Artigo escrito e traduzido por Paula Madeira, editado por Jorge Ribeiro.
Na época acreditava-se que a doença era causada pelo deslocamento do útero. Ideia nascida durante o século 6 a.C., pelo médico grego Aretaeus que teorizou que o útero poderia mover-se livremente dentro do corpo da mulher, causando problemas de saúde física e mental.
A solução encontrada para este problema era uma massagem ao clitóris até as pacientes chegarem ao “paroxismo histérico”, isto é, ao orgasmo.
Constatava-se que no fim de cada sessão, as mulheres ficavam mais relaxadas e os sintomas desapareciam por um curto período de tempo.
Como este distúrbio era bastante comum, as mulheres enchiam os consultórios e os médicos começaram a sofrer de lesões nas mãos por estarem sempre a repetir o mesmo movimento que era visto como um movimento “aborrecido, chato e fisicamente exigente”, explica Chris Wild num artigo publicado no Mashable.
Para fazer face a este problema em 1869 surge o primeiro vibrador pela mão do medico George Taylor, que o apelidou de “The Manipulator”. Este instrumento era movido à manivela e rapidamente ganhou popularidade.
Cerca de 14 mais tarde em 1883, o médico inglês, Joseph Mortimer Granville, inventa o vibrador elétrico. Mais tarde os vibradores passaram a ser vendidos ao publico, e surgiram anúncios a vários modelos com diferentes preços e velocidades.
Em 1952 a classificação do termo “histeria” deixou de estar associada aos sintomas do desejo feminino e passou a definir um transtorno dissociativo. O vibrador passou então a ser visto como um aparelho vibratório usado para produzir estímulos sexuais em vez de um instrumento para fins terapêuticos.
Visto o orgasmo nesta altura ser visto com algum pudor o vibrador passa a ter uma má reputação que é reforçada quando a industria pornográfica da época se apodera do produto. Os comerciantes e fabricantes por outro lado, para que consigam vender o produto, adotam formas discretas para anunciar os seus vibradores, categorizam-nos como eletrodomésticos para homens e mulheres de todas as idades.
Só mais tarde e graças à revolução sexual feminina da década de 60 é que o vibrador passa a ser aceite abertamente como um acessório para auxiliar no prazer e satisfazer os desejos sexuais, lugar que ocupam até ao presente.
A crescente conscientização das pessoas, a diminuição dos tabus sobre a sexualidade e o orgasmo, o aumento das pesquisas sobre os benefícios dos vibradores para a saúde, impulsionam o mercado e criam cada vez mais oferta. Este é um mercado em ascensão.
Num estudo publicado no “Journal of Sexual Medicine” pela Dra Debra Hernick do Centro de promoção da Sexualidade da Universidade de Indiana (USA). No Estudo 2.056 mulheres, com idades entre 18 e 60 anos, foram inquiridas. O mesmo mostrou que, de todas as inquiridas, 52% admitem já ter usado um vibrador. Dessas, 83% usam-no para estimular o clitóris e 64% usam no interior da vagina.
Segundo uma pesquisa sobre hábitos sexuais feita pela empresa Durex, multinacional de preservativos, cerca de 27% das mulheres têm um vibrador.A pesquisa ouviu mais de 350 mil pessoas em 41 países. As mulheres do norte da Europa lideram a sondagem: 52% das islandesas e 50% das norueguesas têm um vibrador. No brasil apenas 13% de mulheres possuem um vibrador, estando à frente apenas de países conservadores como Malásia (12%) e Vietnam (5%). Não foram encontrados dados sobre Portugal.
Benefícios dos vibradores para a saúde.
Os benefícios do uso do vibrador são vários.
Ele pode ser um aliado valioso na no autoconhecimento do corpo.
Ajuda a assumir o controlo sobre a nossa sexualidade e o prazer.
Na menopausa, a produção de hormonas diminui e o tecido vaginal fica mais fino e seca causando dor. O uso do vibrador ajuda na dor vulvar, como vulvodínia e na prevenção da atrofia vaginal.
Ajudar na pós cirurgia ginecológica para manter o tecido vaginal flexível.
Os vibradores usados internamente estimulam o fluxo sanguíneo pélvico, provocando um aumento na humidade vaginal e resposta sexual, o que leva a uma melhoria do sexo (com ou sem um parceiro).
Como qualquer músculo, a saúde da vagina requer exercícios regulares. A deterioração desse músculo torna-se mais comum quando as mulheres de meia-idade ou mais velhas se encontram em situações de inatividade sexual - solteiras, divorciadas, viúvas ou simplesmente não têm sexo regular com parceiros.
Além disso, os vibradores ajudam a reduzir o stresse e a ansiedade, pois a atividade sexual resulta na liberação de endorfinas no corpo que podem bloquear a dor.
Vibradores e a Medicina Tradicional Chinesa
O uso do Vibrador contribui para aumentar o fluxo de Chi e sangue na área genital, fortalecendo o aquecedor inferior e músculos pélvicos.
Pode ser benéfico no aumento da chi do Baço pela sua acção sobre a tonicidade dos tecidos e músculos assim como prevenção de ptoses. Faz com que o Rim e Baço funcionem ajudando na produção de líquidos. Tem acção sobre o Figado, ajudando a libertar o chi estagnado. Age sobre o Rim uma vez que atua sobre o útero e ovários e através dos pontos reflexos na base do canal vaginal. Age sobre as hormonas contribuindo para a sua estimulação e distribuição pela corrente sanguínea. Melhora a dismenorreia e acelera o trabalho de parto.
Ajuda ainda na ligação corpo mente e contribui para o bem estar geral pelo efeito que tem sobre o prazer.
Em termos emocionais ele tem efeito sobre o Coração, Fígado Baço e Rim. Reduzindo da ansiedade, a raiva, frustração, liberta o medo, aumenta a autoconfiança
Anexo I
Links úteis:
https://www.womanandhome.com/buying-guides-reviews/best-vibrators-dryness-sensitivity-pelvic-floor-333729/
https://www.guia55.com.br/brinquedos-sexuais-para-mulheres/
Imagens:
https://observador.pt/2015/07/23/afinal-inventou-vibrador/
http://shanshu311.blogspot.com/2007/08/lesson-before-breaking-up.html
Referências:
https://www.terra.com.br/noticias/educacao/voce-sabia/vibrador-foi-inventado-para-fins-medicinais-saiba-mais,ad0e8326c816f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
https://observador.pt/2015/07/23/afinal-inventou-vibrador/
https://helloclue.com/pt/artigos/cultura/uma-breve-historia-do-vibrador
https://www.dn.pt/ciencia/saude/vibradores-melhoram-vida-sexual-das-mulheres-2373329.html
https://www.bustle.com/p/5-mental-health-benefits-of-using-sex-toys-in-the-bedroom-13213875
https://www.psychologytoday.com/us/blog/homo-consumericus/201201/use-vibrators-among-american-women
Artigo escrito e traduzido por Paula Madeira, editado por Jorge Ribeiro.
